Dicas para o cuidador

Doença de Alzheimer: facilitando o dia-a-dia do portador e do cuidador


Comportamento

Algumas altera��es de comportamento s�o bastante comuns no curso das Dem�ncias. A falta de iniciativa, ou apatia, representada pela ilustra��o ao lado, est� presente quando o paciente, especialmente nas fases iniciais da Doen�a de Alzheimer, pode passar horas sentado, sem manifestar nenhuma iniciativa. � preciso que ele receba est�mulos de sua fam�lia para envolver-se em alguma atividade para a qual ele ainda tenha compet�ncia. Convide-o para auxiliar em alguma tarefa, leve-o para passear, mantenha o di�logo, e evite coment�rios com amigos ou outras pessoas da fam�lia sobre a doen�a e sua evolu��o.

A figura sugere o paciente que apresenta o falso reconhecimento de que os personagens que est� vendo nos programas de TV est�o na realidade em sua casa conversando com ele. Del�rio este, que o faz conversar com o personagem como se ele estivesse em sua frente. � preciso lidar com muito respeito com esta situa��o. Deve-se pensar que, para o paciente, a impress�o � bastante real. Portanto, n�o o corrija, explique o que acontece �s pessoas da casa e por mais engra�ada que seja a situa��o, n�o permita que o paciente seja motivo de risos e coment�rios.

Tente conversar com o m�dico que acompanhar� o paciente antecipadamente. Aproveite para relatar-lhe todos os d�ficits e dificuldades apresentadas pelo paciente. Evite falar sobre elas diante dele (a). � preciso levar em considera��o o fen�meno conhecido como anosognosia, presente nas fases iniciais da doen�a, que se refere a falta de percep��o que a pessoa com dem�ncia tem do pr�prio d�ficit, assim, no momento em que voc� relata ao m�dico alguma falha que ela tenha cometido, por n�o se lembrar do que fez, pode se magoar ou at� mesmo tornar-se agressiva.

As figuras ao lado apresentam situa��es que devem ser evitadas, pois, freq�entemente desencadeiam altera��es de humor e comportamento, como por exemplo, irritabilidade, agita��o ou agressividade. Diante disso, � oportuno considerar que pacientes que apreciavam almo�ar ou jantar fora com seus amigos e familiares podem continuar a faz�-lo, por�m, � fundamental a criteriosa escolha do local. Evite restaurantes sofisticados, superlotados, barulhentos, mesas postas com v�rios tipos de talheres e copos, pois mesmo aqueles pacientes acostumados a freq�entar este tipo de ambiente, podem n�o se lembrar de como usar adequadamente talheres de peixe, c�lices de vinho, etc. Prefira restaurantes calmos, bem iluminados e espa�osos. Que a m�sica ambiente, se houver, seja da prefer�ncia do paciente. Alimentos pesados, bebidas alco�licas, refrigerantes, precisam ser evitados mesmo quando o paciente est� fora de casa. Tente manter o padr�o da dieta recebida por ele diariamente, que deve ser leve com tempero suave em pouca quantidade. Procure sentar-se longe dos est�mulos visuais, como doces, chocolates, sorvetes, tortas, etc.

Pacientes com diagn�stico de Dem�ncia n�o devem jamais sair sozinhos. A desorienta��o espacial � um fen�meno comum e voc� precisa considerar que mesmo nos itiner�rios �familiares�, ou seja, aqueles que por toda a vida o paciente fez, podem se tornar absolutamente estranhos a ele. Por esta raz�o, quando voc� perceber que j� existe esta desorienta��o, mantenha as portas de casa que d�o acesso � rua fechadas. E para n�o precisar retirar as chaves da fechadura, o que poderia causar agita��o no paciente, instale uma fechadura adicional na parte inferior ou superior na porta, e esta chave sim, retire-a e guarde-a com voc�. N�o permita que o paciente saia sozinho.

Evite que o paciente saia de casa acompanhado apenas por um amigo. � imposs�vel afirmar se ele permanecer� calmo e orientado por todo o tempo que estiver fora. A desorienta��o espacial, por exemplo, � uma ocorr�ncia comum e pode gerar para o acompanhante muita dificuldade para fazer o paciente aceitar o itiner�rio certo para retornar a sua casa. Estes pacientes s�o muito especiais, e levando-se em considera��o, hor�rio e tipo da atividade, ambiente, e abordagem correta do cuidador, � poss�vel manter quase todas as atividades que ele fazia anteriormente a doen�a.

Esteja sempre atento ao atravessar a rua com algu�m que tem Dem�ncia, � um conselho que precisa ser adotado. D�-lhe o bra�o ou a m�o, n�o exer�a muita press�o, mas segure firme para que ao tentar se soltar, ele n�o consiga. Lembre-se, as ruas de tr�fego intenso oferecem grande perigo para pessoas com marcha lentificada, defici�ncias f�sicas ou mentais, e por isso, devem ser evitadas. No caso do paciente encontrar-se muito agitado, saia de casa apenas se necess�rio, e neste caso, solicite que mais uma pessoa da fam�lia ou conhecida os acompanhe.

Sair para passear, ir � praia etc, s�o oportunidades de socializa��o. Pense, no entanto, que um minuto de distra��o do cuidador pode se transformar em grande transtorno para todos. � necess�rio considerar que estes pacientes apresentam desorienta��o espacial e facilmente se perdem, por isso n�o os deixe sozinhos. Providencie que estejam identificados com nome, endere�o e telefone que podem ser gravados em pulseiras e pingentes.


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